Vitaly Egorov, popularizador do espaço e promotor do projeto da primeira sonda “popular” da Lua, contou a agência RIA Novosti sobre o término da elaboração do projeto, explicou no seu blog as mudanças na data de lançamento da sonda e falou dos planos de a enviar à Lua.
O projeto atraiu uma atenção inédita do público, levando Egorov e sua equipe a recolherem mais de um milhão de rublos em três dias. Em meados de maio, se deu um encontro entre os engenheiros da sonda, durante o qual Egorov e seus colegas aprovaram um projeto prévio sobre o aspeto exterior e medidas do satélite, o equipamento a ser instalado. O documento com os requisitos do satélite a construir, segundo os engenheiros, deverá estar pronto até o Outono deste ano, mesmo que as dificuldades ligadas ao caráter voluntário do projeto tenham causado alguns atrasos.
De acordo com Egorov, o projeto preliminar já está 70% pronto e os participantes esperam que ele esteja terminado até o Ano Novo. Segundo as estimativas dos peritos que preparam o documento, o preço de custo da sonda será superior a 10 milhões de dólares, porém, Egorov acredita que o valor final pode ultrapassar este valor e atingir até 20 milhões. Por outro lado, o próprio engenheiro diz que o projeto já suscitou a atenção de potenciais investidores.
"Ao longo do último ano realizamos vários encontros com empresários russos e verificamos que há interesse neste projeto, primeiramente, por causa das perspectivas comerciais. Ao mesmo tempo ficou evidente que nenhum patrocinador seria capaz de garantir sozinho a realização do projeto já que é caro demais", frisou Egorov.
No entanto, também há alterações do projeto inicial — por exemplo, dos 160 kg previstos de início, o satélite passará a pesar apenas 100. Isto será possível graças ao fato de a instalação de rádio consumir menos energia e aquecer menos do que estimavam os engenheiros, o que permitirá reduzir o tamanho dos painéis solares e o peso dos sistemas de arrefecimento. Segundo comunicou Egorov, serão usados componentes tanto russos como estrangeiros, sendo que as sanções não devem influir no acesso a tais dispositivos. Além disso, para hoje são considerados dois modos de enviar a sonda para perto da Lua — através da sua instalação em órbita geoestacionária ou na chamada órbita de travessia para a Lua. Ambas as variantes exigem apoio financeiro tanto do Estado, como das agências espaciais estrangeiras.
Isto dificultará de algum modo o processo de fotografar os polos, mas prorrogará a vida da sonda. Segundo disse Egorov, os membros da equipe esperam que a sonda fique em órbita da Lua por um ano ou até mais.
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