Vivemos num mundo novo, num mundo onde a cada minuto surge uma nova tecnologia, uma nova cultura, um novo hábito, e junto com essa avalanche de mudanças o comportamento humano também vem mostrando suas alterações, principalmente naqueles recém-chegados, as crianças e adolescentes. Esses, já estão embarcando no trem que está passando pela nova estação, onde tudo é novidade, tudo é facilidade, e são justamente eles os que apresentam uma propensão enorme aos males da sociedade como nunca antes visto, e porque isso acontece?
Antigamente, digo num curto período de tempo, a educação era outra, os movimentos culturais tinham alicerces diferentes, os pais tinham mais liberdades quanto a educação de seus filhos, o estado não intervia diretamente nas famílias e em suas decisões, e claramente a facilidade de acesso ao mundo era muito limitada, isso sempre fez com que a família, os amigos e o entorno onde esses jovens viviam fossem seu norte, esses eram seus pontos de referência e nada mais, se seguia um padrão onde deveriam estudar, aprender e se preparem para a vida, algo que não acontece mais hoje em dia, não mais com tanta disciplina.
Mas a culpa é dos smartphones ou da tecnologia? Obviamente que não, a culpa é do próprio ser humano que se apega a facilidade e ao encanto de estar conectado ao mundo e ao que quiser na palma da sua mão. Certamente a tecnologia é sempre bem-vinda, porém com ressalvas importantes, a partir do momento em que a tecnologia substitui os sentimentos, ou até mesmo um simples ato como um bom-dia mostra que estamos entrando automaticamente no modo de Retardamento Psicológico, isso significa ignorar o seu próximo, aquele que está exatamente na sua frente para dar atenção a um mero pedaço de tecnologia em suas mãos.
É justamente nesse ponto onde entram os mais afetados com esse avanço distorcido da comunicação humana, as crianças por não terem tido uma educação permissiva, com o ensinamento dos reais valores, não possuem a régua moral para medir o grau de perigo de onde estão pisando, muito menos para terem a noção de quem realmente está do outro lado da tela, se vê notoriamente o aumento de casos de estupros, sequestros, aliciamento e adesão ao mundo das drogas nas faixas etárias mais surpreendentemente baixas, ou seja, o adolescente de 12 anos que na geração passada ainda se preocupava com o desfecho das aventuras do pica-pau, é obrigado a ver uma geração da mesma idade que hoje se preocupa com qual bebida ou droga vai se embriagar no fim de semana. É um mal silencioso, que assola nossa sociedade e que cada vez faz mais vítimas.
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